Hélder Rafael
A eleição do deputado federal Edson Giroto (PR) recebeu mais dinheiro do comitê de campanha de André Puccinelli do que todos os candidatos à Câmara Federal pelo PMDB juntos. Declaradamente o predileto do governador, Giroto custou R$ 1.024.150,00 para o caixa de campanha de Puccinelli.
Já outros oito candidatos do PMDB, partido do governador, tiveram de se contentar com R$ 844.250,00, segundo as declarações oficiais dos concorrentes que estão disponíveis para consulta pública no site do Tribunal Superior Eleitoral.
Amigo antigo
Giroto é afilhado político do governador desde longa data. Quando André Puccinelli foi prefeito de Campo Grande, entre 1997 e 2004, Edson Giroto exerceu cargo de secretário de obras. Na primeira eleição do governador, em 2007, houve a ascensão natural de Giroto à pasta estadual.
Em junho de 2009, com as bênçãos de Puccinelli e do ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, ele filiou-se ao Partido da República, comandado pelo deputado estadual Londres Machado. À época, ventilou-se a possibilidade de Giroto concorrer como vice de Puccinelli, mas o PMDB pressionou por uma candidatura chapa-pura e Simone Tebet, então prefeita de Três Lagoas, deixou o cargo para andar ao lado do governador.
Edson Giroto responde a processo no Tribunal Regional Federal da 3ª Região. Ele é acusado de tentar incriminar, em 2006, o então deputado estadual e candidato à reeleição Semy Ferraz (PT) por compra de votos. A Operação Vintém, da Polícia Federal, identificou Giroto, Mirched Jafar Júnior, André Puccinelli Júnior e Edmilson Rosa como suspeitos de forjar um flagrante contra Semy.
PMDB: "barriga de aluguel em MS"
O PMDB disputou as vagas na Câmara com nove candidatos: Akira Otsubo, Esacheu Nascimento, Fábio Trad, Professora Raimunda, Roberto Hashioka, Zenaide Ferreira, Josenita Cabral, Geraldo Resende e Marçal Filho – estes últimos já exerciam mandatos como deputado federal. A única prestação de contas indisponível no TSE é o de Josenita Cabral.
Com menos dinheiro do partido, se elegeram apenas Resende, Trad e Marçal Filho. Fábio Trad, por exemplo, injetou R$ 150 mil de recursos próprios para chegar à Câmara Federal. Apesar de todo o prestígio político da família Trad, o comitê de André destinou apenas R$ 62,3 mil para Fábio, a mesma quantia doada para a Professora Raimunda, cujo desempenho nas urnas foi inexpressivo (3.096 votos). Isso segundo os dados oficiais.
André destinou aos três eleitos de seu partido R$ 432.900,00, que alcançaram juntos a preferência de 222.377 eleitores. Cada voto custou R$ 1,94 ao comitê de campanha de Puccinelli. Já cada um dos 147.343 votos de Edson Giroto custou três vezes mais ao comitê do governador: R$ 6,95.
Para o presidente do diretório estadual do PMDB, Esacheu Nascimento, o privilégio a determinados candidatos prejudicou a eleição de seus correligionários. “O PMDB tem servido de barriga de aluguel para outros partidos em detrimento das candidaturas próprias”, disse.
Dono do dinheiro
Para o colega de legenda, a opção de André por Giroto foi fruto do trabalho de arrecadação para a campanha feito pelo próprio governador. “Essa decisão coube a ele”, aponta Esacheu ao se referir sobre a partilha entre candidatos à Câmara Federal da coligação Amor, Trabalho e Fé.
Esacheu defende uma ampla reforma política onde os partidos devem fortalecer seus próprios nomes na corrida eleitoral, e criticou o sistema atual de “coligação com tudo e com todos”.
Já outros oito candidatos do PMDB, partido do governador, tiveram de se contentar com R$ 844.250,00, segundo as declarações oficiais dos concorrentes que estão disponíveis para consulta pública no site do Tribunal Superior Eleitoral.
Amigo antigo
Giroto é afilhado político do governador desde longa data. Quando André Puccinelli foi prefeito de Campo Grande, entre 1997 e 2004, Edson Giroto exerceu cargo de secretário de obras. Na primeira eleição do governador, em 2007, houve a ascensão natural de Giroto à pasta estadual.
Em junho de 2009, com as bênçãos de Puccinelli e do ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, ele filiou-se ao Partido da República, comandado pelo deputado estadual Londres Machado. À época, ventilou-se a possibilidade de Giroto concorrer como vice de Puccinelli, mas o PMDB pressionou por uma candidatura chapa-pura e Simone Tebet, então prefeita de Três Lagoas, deixou o cargo para andar ao lado do governador.
Edson Giroto responde a processo no Tribunal Regional Federal da 3ª Região. Ele é acusado de tentar incriminar, em 2006, o então deputado estadual e candidato à reeleição Semy Ferraz (PT) por compra de votos. A Operação Vintém, da Polícia Federal, identificou Giroto, Mirched Jafar Júnior, André Puccinelli Júnior e Edmilson Rosa como suspeitos de forjar um flagrante contra Semy.
PMDB: "barriga de aluguel em MS"
O PMDB disputou as vagas na Câmara com nove candidatos: Akira Otsubo, Esacheu Nascimento, Fábio Trad, Professora Raimunda, Roberto Hashioka, Zenaide Ferreira, Josenita Cabral, Geraldo Resende e Marçal Filho – estes últimos já exerciam mandatos como deputado federal. A única prestação de contas indisponível no TSE é o de Josenita Cabral.
Com menos dinheiro do partido, se elegeram apenas Resende, Trad e Marçal Filho. Fábio Trad, por exemplo, injetou R$ 150 mil de recursos próprios para chegar à Câmara Federal. Apesar de todo o prestígio político da família Trad, o comitê de André destinou apenas R$ 62,3 mil para Fábio, a mesma quantia doada para a Professora Raimunda, cujo desempenho nas urnas foi inexpressivo (3.096 votos). Isso segundo os dados oficiais.
André destinou aos três eleitos de seu partido R$ 432.900,00, que alcançaram juntos a preferência de 222.377 eleitores. Cada voto custou R$ 1,94 ao comitê de campanha de Puccinelli. Já cada um dos 147.343 votos de Edson Giroto custou três vezes mais ao comitê do governador: R$ 6,95.
Para o presidente do diretório estadual do PMDB, Esacheu Nascimento, o privilégio a determinados candidatos prejudicou a eleição de seus correligionários. “O PMDB tem servido de barriga de aluguel para outros partidos em detrimento das candidaturas próprias”, disse.
Dono do dinheiro
Para o colega de legenda, a opção de André por Giroto foi fruto do trabalho de arrecadação para a campanha feito pelo próprio governador. “Essa decisão coube a ele”, aponta Esacheu ao se referir sobre a partilha entre candidatos à Câmara Federal da coligação Amor, Trabalho e Fé.
Esacheu defende uma ampla reforma política onde os partidos devem fortalecer seus próprios nomes na corrida eleitoral, e criticou o sistema atual de “coligação com tudo e com todos”.
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